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" Sorrir é viver, parar é morrer "
O seu olhar fitava-me de uma maneira tão única e grandiosa que eu perdia completamente o raciocínio, e esquecia-me do nervosismo que inalava em mim por causa da prova que iria fazer e que iria decidir se o meu sonho iria se tornar realidade. Ele acalmava-me, e isso era um facto.
As palavras que saiam dos seus olhos faziam-me sentir bastante calma, e a felicidade que perdi algures no passado voltou ao meu corpo como por magia. Naquele momento sentia-me bem, e bastante feliz, por isso retribui-lhe o olhar muito amavelmente tentando dizer-lhe um “obrigada” por meras palavras ditas através de um olhar.
- Estás preparada? – indignou-me enquanto nos colocava aos dois em posição.
Os seus braços rodeavam a minha cintura de forma única, e as suas mãos seguravam-me de forma protectora. Os meus braços por si, envolviam o seu pescoço de forma “ciumenta”. Com ele sentia-me protegida do mundo, mas por um lado sentia que o podia perder a qualquer momento, por isso tinha que o agarrar bem firme junto ao meu corpo. Era estranho, eu sabia, mas eu já sentia um carinho bastante especial por aquele belo Deus grego!
- Sim, estou. – respondi sorrindo-lhe imensamente. Ele retribuiu-me o sorriso de forma bastante graciosa, e fez com que eu caísse uma vez mais, na sua doce tentação. Eu já estava completamente rendida aos seus encantos, e não valia a pena negar isso.
A música começou a tocar e as suas delicadas mãos balançavam o meu corpo, muito docemente, de um lado para o outro. O seu corpo emoldurava-se no meu na perfeição, e a melodia que tocava tornava aquele momento único e ainda mais perfeito. Naquele momento, os nossos corpos eram um só e espalhavam no ar uma magia de felicidade e de fantasia.
- Danças lindamente, Nora. – sussurrou-me ao ouvido enquanto rodopiávamos de um lado para o outro. No momento em que a sua respiração tocou a minha pele e a sua voz ecoou no meu ouvido, senti-me a estremecer por completo. Suspirei e prendi o meu olhar ao seu da cor de esmeralda.
- Obrigada, mas tu não me ficas atrás Alexander. – retorqui-lhe assim que encontrei a minha voz. Aquele rapaz fazia-me perder, literalmente, os sentidos.
Os seus lábios apetecíveis arquearam-se num suave e doce sorriso, ao qual eu correspondi completamente rendida. Os seus braços apertavam cada vez mais o meu corpo contra si, o que me fazia desejar pelo seu corpo. Sim, eu sentia uma atracção bastante forte por ele, e não valia a pena negar isso.
As últimas notas daquela melodia ecoaram na sala, e ele rodopiou o meu corpo de tal maneira que os nossos rostos ficaram demasiado próximos um do outro. A sua respiração tocava na minha pele fazendo-me ansiar por si, e o seu hálito entrava na minha boca fazendo-me querer beijar os seus lábios perfeitos. Engoli em seco e baixei o olhar, de forma a afastar todos aqueles desejos impossíveis, impossíveis porque aquele belo rapaz jamais iria ser meu. Ele merecia bem melhor que eu, eu que era simples e ele era um Deus.
Uma das suas mãos largou a minha cintura e tocou o meu queixo, fazendo com que os meus olhos fitassem os seus. Sentia-me a corar, e ele sorriu satisfeito com tal feito.
- Parabéns aos dois, fazem um belíssimo par! – disse a professora Monique Delacroix – Esperem lá fora pelos resultados. – concluiu sorrindo.
- Obrigada. – agradeci sorrindo timidamente e enquanto saia dos braços de Alexander. Ele sorriu e depois fitou a professora Monique.
- Obrigado. – agradeceu-lhe também e depois olhou-me profundamente – Vamos beber qualquer coisa ao bar?
Assim que os seus olhos verdes tocaram os meus senti-me completamente nas nuvens. O meu coração parou, mas no momento seguinte, já batia descontroladamente. A minha respiração estava, digamos, ofegante. E as minhas forças estavam a ir-se como por magia.
- Sim. – acabei por responder, perdendo o controle do meu corpo e da minha mente.
Ele sorriu-me imensamente enquanto a sua mão se juntava a minha, fazendo com que a magia e a felicidade voltassem aquele maravilhoso sítio. Não consegui negar-lhe aquele gesto, e deixei-me levar pela sua magia e pela sua tentação.
Andreia Filipa Pereira
31 de Maio de 2011
Ps: Podes ler o anterior aqui.
E aviso já que terá continuação :D
Sinceramente não te percebo. Num dia és fofo, querido, e falas com toda a tua simpatia, mas no outro dia já és, digamos, seco. Gostava mesmo de perceber-te, nem que fosse por apenas alguns minutos, mas honestamente já estou cansada.
Amo-te, e muito, mas hoje o amor que sinto já não suporta tantas atitudes opostas. Decide-te duma vez, e diz-me a tua decisão para eu poder ser feliz! O cansaço está a apoderar-se de mim, e está a tomar conta do meu amor, e se não tomares uma decisão rapidamente, o meu amor irá se apagar e aí será tarde de mais.
Lembro-me de nos primeiros meses desta história ter dito “quando te perceber realmente, será tarde de mais”, e hoje tenho cada vez mais certezas disso.
Queria poder entender tudo isto para tomar a decisão mais acertada, mas tu teimas em não me deixar perceber nem uma única atitude tua. Quando decido esquecer-te, porque não me ligas nenhuma, passados uns dias decides ser querido comigo e falas-me como se nada fosse, e quando finalmente acredito que tudo irá resultar tu voltas a não me ligar nenhuma ou falas-me friamente sem teres razão para tal. Estou realmente cansada de tudo isto, e esse cansaço está-me a roubar as últimas forças que me restam.
Tenho que ser mais forte que tudo isto, tenho que ser mais forte que este amor, e decidir duma vez por todas esquecer-te! Não vou deixar que me mates por algo sem importância. Não vou deixar que me roubes o meu sorriso. Não vou deixar que acabes com a força que ainda existe em mim!
Sou muito mais forte que aquilo que pensas, e por isso irei enfrentar este amor, e irei virar-lhe as costas e rumar a um novo capítulo.
Se um dia mais tarde decidires o que realmente queres, podes tentar a tua sorte comigo, porém acho que já será tarde de mais.
Apesar de tudo só espero que sejas feliz, pois a felicidade que me proporcionaste no passado é a prova que mereces ser feliz.
Até um futuro incerto…
Andreia Filipa Pereira
24 de Maio de 2010
Lembro-me de na minha infância querer ser bailarina. Sonhava todas as noites com espectáculos perfeitos onde eu era a protagonista. Era um sonho que jurei que iria concretiza-lo com todas as minhas forças.
Os anos foram passando e esse sonho foi-se adiando. Hoje tenho 18 anos e decidi que iria lutar por esse sonho. Talvez fosse um erro, ou talvez não…mas também se não arriscasse não o iria saber, por isso decidi arriscar, e como o velho ditado diz: “Quem não arrisca, não petisca”.
Entrei bastante decidida dentro da grande Academia de Ballet Juliana Omati em Nova Iorque. As suas enormes paredes eram em tons de pérola suave, e a decoração era moderna e combinava perfeitamente com o tom suave das paredes.
Atrapalhada como eu era quando estava nervosa esbarrei contra uma figura bastante esbelta. Ergui o meu doce olhar da cor de um castanho esverdeado e brilhante, e deparei-me com uns bonitos e sedutores olhos verdes a fitarem-me intensamente. As minhas bochechas rechonchudas começaram a ficar quentes, por isso deduzi que estaria corada. Sorri bastante envergonhada e os lábios daquele belo rapaz arquearam-se num sorriso simplesmente único e perfeito.
- Desculpa. – disse com uma suave voz, voz essa que mais parecia saída de um conto de fadas. Enquanto falava a sua mão direita tocou no meu ombro esquerdo, fazendo com que uma faísca enorme atravessa-se o meu corpo todo. Senti-me a arder por completo, e os meus sentidos começaram a ficar alterados.
“Controla-te Nora Clark” pensei várias vezes, e suspirei fundo, afastando assim todos aqueles desejos desconhecidos.
- Não faz mal. – retorqui-lhe formando um amável sorriso nos meus finos lábios. Ele retribuiu-me o sorriso de forma grandiosa, mostrando a verdadeira perfeição do seu sorriso. Nunca tinha visto um sorriso tão perfeito e esplendoroso como o dele. E os seus olhos? Eram simplesmente únicos e incomparáveis.
Antes de ele virar costas e ir-se embora, reparei que envergava uma magnífica camisa preta, que fazia sobressair o seu charme bastante sedutor, juntamente com umas lindas calças de ganga claras, que se emolduravam perfeitamente as suas delicadas pernas. O seu cabelo era num tom claro de castanho, fazendo sobressair por vezes umas mechas de cabelo loiras, e utiliza-o num corte desalinhado mas que lhe dava um certo toque de perfeição.
Aquele rapaz era simplesmente o sonho de qualquer rapariga, mas contudo algo me dizia para não me aproximar demasiado, ou devo dizer antes, envolver-me demasiado?
Os meus olhos ficaram a admirar a sua esculturosa figura de Deus grego a ir-se embora, mas contudo fui interrompida por uma grossa voz a chamar o meu nome.
- Nora Clark! – disse a senhora ruiva que se encontrava na recepção daquela academia famosa. Ao primeiro impasse, a senhora parecia antipática e mal parecida, mas depois de um segundo olhar mais profundo notava-se uma simpatia incrível, e uma beleza natural.
- Eu! – respondi indo até a pequena secretária de pinho, onde ela estava sentada a fazer a chamada dos muitos bailarinos que ali se encontravam.
- É a sua vez, pode entrar. – retorquiu amavelmente dando-me permissão para entrar no estúdio que se encontrava em frente.
Sorri docemente e caminhei firmemente até as grandes portas brancas que se encontravam a cobrir aquele grandioso estúdio. Respirei fundo e empurrei as portas, entrando em seguida e qual não foi o meu espanto quando vejo ali a mais bela figura do mundo. Mal os seus olhos entreolharam os meus, ele sorriu-me imensamente. Baixei o olhar timidamente, e arqueei os meus lábios num sorriso tímido.
- Menina Clark, espero que não se importe de dançar com par. – disse a professora Monique Delacroix. Eu conhecia o trabalho dela, aliás, admirava-o. Era nela que me inspirava para ser uma bailarina.
- Não, eu estou preparada para tudo. – retorqui sorrindo, e olhei de soslaio para o meu Deus grego. Ele estava a fitar-me, o que fez com que as minhas bochechas ardessem de novo.
- Então pode se juntar ao menino O’Conner. – sorriu enquanto apontava para ele. Petrifiquei quando o vi a encaminhar-se a mim, mas disfarcei sorrindo docemente.
Os seus braços rodearam a minha cintura, e puxaram-me para mais junto de si, fazendo-me assim encarar os seus incomparáveis olhos. Baixei o olhar e coloquei-me em posição para a dança.
- Já agora o meu nome é Alexander O’Conner. – sussurrou-me ao ouvido fazendo com que a sua respiração tocasse na minha pele, arrepiando-me por completo.
- Nora Clark. – sussurrei de volta e depois prendi o meu olhar ao seu. Senti que o seu olhar me estava a dizer algo, por isso retribui-lhe o olhar.
Andreia Filipa Pereira
23 de Maio de 2011
Hoje, ao fim de quase três meses de saber que o meu fim estava próximo decidi escrever uma carta ao único rapaz que mereceu o meu amor. Muitas foram as tentativas falhadas, o balde estava cheio de cartas rasgadas, até que algo me saiu.
Londres, 20 de Maio de 2011
Deito-me sobre o chão frio e duro, tentando a todo o custo afastar a dor que em mim causas, mas parece que nenhuma dor é pior aquela que tu exerces sobre mim.
Os momentos que passamos juntos não me saem da mente e principalmente do coração. Não consigo esquecer nem um único segundo que passei contigo. Não consigo esquecer as nossas trocas de olhares e a nossa cumplicidade em simples sorrisos. Não consigo esquecer uma única palavra que saiu da tua boca. Não consigo esquecer as tuas atitudes que me deixavam, e deixam, completamente dividida e confusa. Não consigo esquecer a felicidade que me proporcionaste. Não consigo esquecer-te simplesmente.
A verdade, que em parte está a vista de todos, é que eu ainda penso bastante em ti, e ainda te amo, talvez como no primeiro dia de toda esta história. Amo-te, e por mais que queira não consigo apagar este sentimento. Sempre que tento esquecer-te e deixar de te amar, tu tens atitudes que me fazem voltar a acreditar que talvez ainda existe uma hipótese para nós os dois. Talvez tudo não passe duma mera ilusão minha, mas não consigo afastar a esperança que tenho em voltar-te a ter-te nos meus braços.
Existe uma força enorme dentro de mim que teima em que eu seja eternamente a tua miúda, mas essa força vai contra os meus desejos, e em parte, contra a realidade. Hoje o meu maior desejo é esquecer-te, ou melhor dizendo, esquecer-te como se fosses a minha metade, a minha essência de vida, porque ambos sabemos que esquecer-te completamente é impossível, pois os momentos que passei a teu lado foram simplesmente os melhores da minha vida, e isso não deverá ser esquecido. Uma felicidade como aquela que senti ao teu lado merece ser recordada, e por minha vontade irá ser. Por muito que me custe, por muito que me doa, irei sempre recordar-me de ti, e de todos aqueles momentos.
Ouvir a tua voz faz-me sentir um misto de emoções, muitas delas opostas. Tristeza, alegria, dor, mágoa, felicidade, paixão, ódio, amor, saudades, são apenas um exemplo das emoções que passam pelo meu coração sempre que oiço a tua voz. Ouvir a tua voz faz com que o meu coração se despedace cada vez mais devido as muitas saudades que sinto de ti. Ouvir a tua voz faz-me reviver aquele “nosso” passado perfeito. Ouvir a tua voz faz despertar, de novo, a esperança que tenho em um dia poder haver um “nós”.
Levanto-me do chão decidida em afastar-te de vez da minha vida, do meu pensamento e principalmente do meu coração. Apago do computador tudo aquilo que me faz lembrar de ti, deito fora todas as lembranças que tenho dos nossos momentos, e por fim rasgo os pequenos papéis que tu escreveste. No meio deles encontro uma pequena carta endereçada a mim, olho para o remetente e reparo que a carta é tua. Tento ignorar esse facto, mas não consigo e acabo por abrir a carta.
“20 de Abril de 2009
Querida Rose,
Sei que quando leres esta minha carta já deves saber daquilo que fiz. Sim, o que te contaram é verdade. Eu envolvi-me com a Patrice.”
Ao ler o primeiro parágrafo da carta lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, por isso tentei ignorar o resto do conteúdo da carta e pousei-a na caixa das recordações. Liguei o Messenger e reparei que estavas online. Olhei para a carta e sem resistir peguei nela e voltei a lê-la.
“Peço-te por tudo Rose tem calma ao leres cada palavra desta minha sincera carta. Eu envolvi-me com a Patrice, sim, mas foi tudo para tentar te esquecer. Tentei de tudo, mas nada resultava, nem mesmo o envolvimento com ela resultou. Porém soube que tu também gostavas de mim e que estavas a sofrer bastante com este afastamento, por isso achei melhor que soubesses que eu tinha seguido em frente pois assim ias seguir em frente e deixavas de sofrer. Talvez esteja errado, mas só quero o teu bem e não quero que sofras por mim.
Desculpa todo o sofrimento que te causei, e acredita que não era minha intenção. Amo-te demasiado para te magoar, e acredita que me amaldiçoo todos os segundos por te ter causado tanto sofrimento. Desculpa por tudo meu amor.
Sei que não sou ninguém para te pedir nada, mas só quero que tenhas cuidado contigo, e sê feliz, pois tu mereces toda a felicidade do mundo. E lembra-te que numa parte isolada do mundo existe sempre uma pessoa que te ama mais que qualquer coisa na vida, até mais que a sua própria vida.
Beijos de quem te ama mais que a própria vida,
Jack Dawson”
Mais lágrimas escorreram pelo meu rosto ao ler cada palavra que escreves-te, e sem aguentar mais meti conversa contigo no Messenger e disse-te apenas: “Amo-te”. Esperei alguns minutos pela tua resposta, até que alguém bateu à porta.
Fui abri-la e qual é o meu espanto quando te vejo lá. Sorri-te imensamente e tu retribuíste-me o sorriso enquanto embalavas a minha cintura no teu braço. Envolvi o teu pescoço com os meus braços, puxando-te mais para mim. O teu hálito batia sobre os meus lábios fazendo-me ansiar por um beijo teu. Mordi o lábio como forma de afastar esse desejo, e tu riste-te e depois beijaste-me com todo o amor, paixão e desejo que haviam dentro de ti. Correspondi ao beijo de forma grandiosa e entreguei-me completamente a ti. As nossas línguas mexiam-se de forma mágica, e as nossas mãos exploravam cada parte incerta dos nossos corpos.
Tu eras o único a quem me devia entregar, pois foste o único que mereceste o meu amor eterno e mágico. Por tudo o que me fizeste passar, entrego-te esta carta meu amor.
Amo-te não só por aquilo que és, mas sim por aquilo que me fizeste passar. Serei eternamente tua, meu Jack!
Da tua,
Rose DeWitt Bukatter Dawson.
Coloquei a carta dentro do envelope branco e fechei-o. Caminhei até a pequena varanda, que era o meu sítio com ele, e sentei-me numa das cadeiras brancas que lá estavam. As memórias dos momentos que passei com ele começaram a invadir a minha mente, e as lágrimas apoderaram-se dos meus olhos.
- Amo-te tanto meu Jack. – sussurrei entre soluços e depois cai completamente no escuro.
Andreia Filipa Pereira
21 de Maio de 2011
Reino dos Sonhos Cor-de-Rosa, 18 de Maio de 2011
Querida Charlotte,
Bem em primeiro lugar quero te dizer que amo simplesmente tudo o que escreves, cada palavra escrita por ti é simplesmente única e perfeita e faz-me sentir confortavelmente bem.
Sabes que em parte sinto o mesmo que tu. Há precisamente, quase um ano, que toda a minha vida mudou por causa dele. Tudo o que me deixava infeliz começou a ser um mero detalhe na minha vida, e a felicidade que ele me dava começou a fazer parte do meu dia-a-dia. Sorrir com ele ao meu lado era simples, e os sentimentos que ele me fazia sentir eram simplesmente únicos e perfeitos. Passei os melhores momentos da minha vida ao lado dele, momentos esses, que são simplesmente inesquecíveis, únicos e inexplicáveis. Jamais me irei esquecer desses momentos.
Porém existe uma grande dúvida na minha mente, dúvida essa que por vezes me faz sentir infeliz e me faz derramar algumas lágrimas. Será que ele sente o mesmo por mim? Será que todas aquelas atitudes eram por gostar de mim? Por vezes nego o inevitável, e escondo que ainda me importo bastante com as atitudes dele. Atitudes essas que demonstram que ele gosta de mim, porque se ele não gostasse não se importava comigo e não me falava. Há uma parte, bastante escondida, de mim que me diz que ele sente o mesmo que eu, e tenta lutar a todo custo contra a vontade que eu tenho em esquece-lo. Agora pergunto-te meu anjo, será que vale a pena lutar por um amor que já está condenado ao fracasso, ou é melhor negar tudo aquilo que sinto?
Respondendo a tua questão, não estás a ser cega, estás a viver um amor, e por vezes o amor é cego, mas contudo sinto que ele sente um carinho especial por ti.
Escreve com todos os teus sentimentos,
AndreaPhilipa
Foi há um ano que tudo começou. Foi há um ano que os meus olhos entreolharam os teus e me fizeram sentir algo especial. Ao inicio neguei aquilo que sentia, neguei que te amava, neguei simplesmente porque não queria sofrer.
Meses mais tarde, precisamente dois meses mais tarde, admiti perante mim mesma o quanto te amava, e o quanto eras especial e importante na minha vida. Desde esse dia nunca mais parei de me envolver neste sentimento simplesmente inexplicável. Deixei que todo este sentimento crescesse cada vez mais, e deixei que a tua presença me fizesse sentir feliz. Deixei que os nossos momentos fossem os melhores da minha vida. Deixei que os meus olhos brilhassem por te ter por perto. Deixei que apenas e somente tu fizesses o meu sorriso. Deixei entrar-te no meu coração para nunca mais saíres.
Hoje sei que errei. Errei por ter deixado crescer demasiado todo este sentimento. Errei ter deixado que a tua simples presença me fizesse sentir feliz. Errei ter deixado que os nossos pequenos momentos fossem os melhores desta minha vida. Errei ter deixado os meus olhos brilharem por te ter ali. Errei ter deixado que apenas tu fizesses o meu sorriso. Errei ter-te deixado entrar no meu coração. Enfim, errei ao pensar que eras diferente e que irias fazer-me feliz eternamente.
Se tudo isto acabou a culpa foi somente tua. Tu é que me magoaste. Tu é que me espetaste uma faca bem no fundo do meu coração. Tu é que me trocaste.
Nunca pensei que fosses capaz de me magoar, mas como sempre enganei-me, e bem. Magoaste-me, e bastante! A mágoa que em mim causaste é demasiado profunda para te perdoar, isto se alguma vez tu me pedires desculpa.
Mas hoje não quero saber do que sentes, nem do que poderá vir a acontecer. Tudo o que quero é esquecer que alguma vez fizeste parte de mim. E mesmo enquanto não te esquecer, fica sabendo que tudo acabou. Acabou porque simplesmente não consigo amar-te mais. Não consigo porque a mágoa que em mim perdura é demasiado grande.
Por isso sei que tenho que te esquecer. Sei que tenho que te apagar da minha memória. Sei que tenho que apagar por breves instantes aqueles nossos momentos que me fizeram totalmente feliz. Sei que tenho que virar a página e rumar a um novo capítulo.
Quando te esquecer irei voltar a relembrar-te, talvez, com um sorriso nos lábios, porque afinal em tempos, apenas tu me fizeste feliz.
Por toda a felicidade que me proporcionaste, por todos aqueles momentos, te digo uma última vez: Amo-te.
Até breve…
Andreia Filipa Pereira
01 de Maio de 2011
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