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" Sorrir é viver, parar é morrer "
Estava sentada sobre a cadeira de veludo vermelho que se situava em frente a grande cómoda de madeira escura que se encontrava encostada a uma das paredes do meu quarto. Em cima dela estavam frascos e frascos de perfume, eu amava fazer colecção deles, principalmente daqueles que ele me dava.
Olhava para a minha figura reflectida no grande espelho que saia sobre a bela cómoda. Notei que estava incrivelmente bonita.
O meu cabelo castanho-escuro caia em canudos sobre as minhas costas, e por cima, preso com pequenos ganchos brancos, estava um bonito e comprido véu branco. O lápis preto e a sombra branca faziam sobressair ainda mais os meus olhos castanhos brilhantes, que mais pareciam dois pequenos espelhos. E o rímel preto tornava as minhas pestanas ainda mais longas. O gloss brilhante delineava na perfeição os meus doces lábios.
Levantei-me suavemente para não estragar o comprido véu, e o vestido. Olhei para o grande espelho do meu gigante roupeiro, e vi como aquele maravilhoso vestido branco me ficava lindamente.
A parte de cima era um corpete, e tinha pequenos bordados de renda. A saia delineava as minhas curvas na perfeição, e a sua cauda era enorme.
Sorri esplendorosamente ao ver que me encontrava como uma verdadeira princesa.
Ele assim o merecia. Aliás ele merecia isto e muito mais, ele merecia simplesmente tudo.
Eu era capaz de tudo por ele, tudo mesmo. Era capaz de morrer, se fosse preciso, por ele. Sim, podem chamar-me tontinha, mas eu não consigo viver sem a minha alma, sem a minha combinação perfeita.
Ele é tudo para mim. É o ar que respiro, a água que bebo, o sangue que corre nas minhas veias. É o sol, a lua, a terra, o mar, o mundo. Enfim, ele é simplesmente a minha vida, o meu tudo.
Em toda a minha vida sonhei em conhece-lo e hoje estava ali, prestes a casar com ele. O que mais eu queria ter? Nada, eu já tinha tudo o que queria. Tinha o homem que amava ao meu lado, o homem com quem sempre sonhei em casar.
- Estás pronta Andrea? – perguntou meu pai, entrando no meu quarto de princesa.
- Sim já. – retorqui sorrindo.
- Então vamos, já está na hora. – sorriu-me e ajudou-me com o meu vestido. Saímos de minha casa e fomos até a pequena igreja daquela maravilhosa ilha. Assim que avistei a igreja, o meu coração começou a bater descontroladamente. Suspirei e respirei fundo, tentando manter a calma. Não havia razões nenhumas para estar nervosa. Eu amava-o, ele amava-me, e hoje íamo-nos unir um ao outro.
O motorista, contratado por ele, estacionou a limusina branca em frente a igreja. Meu pai saiu e veio-me ajudar a sair. Esticou-me o braço sorrindo-me amavelmente. Sorri-lhe também, e dei-lhe o meu braço.
A música de casamento começou a tocar, e nós caminhamos em direcção ao altar. O meu olhar correu todos os convidados, tentando procurar alguma calma. Mas não havia ninguém lá capaz de me acalmar.
E foi aí que olhei para o belo altar. Su e Paul, lá estavam no lugar de meus padrinhos a sorrirem-me grandiosamente. Retribui-lhes o sorriso, estava mais calma. Olhei para o outro lado e vi a minha prima Bia e o seu noivo Dom. Eles eram os padrinhos do meu Christopher. Bia era prima de Chris, mas visto que eu era namorada dele, também eu a tratava por prima.
Sorri-lhes esplendorosamente e eles retribuíram. Desviei o olhar para o meio, e lá vejo o mais belo de todos os homens, o homem que fazia o meu coração disparar de alegria. Envergava um bonito fato prateado, e uma bonita gravata preta.
Assim que me viu sorriu-me imensamente e os seus olhos começaram a cintilar como duas maravilhosas estrelas. Retribui-lhe o sorriso e continuei o meu caminho, até ele. Durante todo o caminho fitamo-nos intensamente, dizendo palavras de amor através do olhar.
Meu pai deu a minha mão ao meu Chris, e assim que as nossas mãos se tocaram senti-me a arder completamente, a arder de desejo por ele. Era incrível como ele me fazia sentir assim sempre que me tocava.
Beijou a minha mão suavemente e depois beijou-me os lábios suavemente. Era tão bom sentir os seus lábios doces como o mel sobre os meus. E sim, agora estava muito mais calma. Ele tinha o dom de me acalmar.
- Estás linda princesa. – sussurrou-me contra os meus lábios.
- Obrigada. – agradeci envergonhada – Tu também estás lindo meu príncipe.
- Não tens de que. – beijou-me uma vez mais e depois afastou-se fitando-me intensamente – Amo-te.
- Também te amo. – sorri-lhe e viramo-nos de frente para o altar.
O padre começou com o famoso discurso de casamento. Eu e Chris fitávamo-nos intensamente, e de vez em quando apertávamo-nos a mão um do outro, como forma de dizer aquilo que sentíamos um pelo outro.
- Christopher Ronny Summers Anderson, aceita Andrea Fabianne Smith Pacelli, como sua legítima esposa? – perguntou o padre ao meu mais que tudo.
- Sim, aceito. – respondeu olhando-me nos olhos e sorrindo. Os seus olhos brilhavam tanto.
- Andrea Fabianne Smith Pacelli, aceita Christopher Ronny Summer Anderson, como seu legítimo esposo? – perguntou-me o padre.
- Sim, aceito. – respondi sorrindo imensamente.
Depois o padre disse mais umas tantas palavras, que não sabia bem ao certo quais eram.
- Andrea Fabianne Smith Pacelli, recebe esta aliança como prova do meu amor e fidelidade. Eu prometo amar-te e respeitar-te na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, e prometo ser-te fiel todos os dias da nossa vida. – disse Chris enquanto fazia escorrer aquele doce anel sobre o meu dedo anelar esquerdo.
- Christopher Ronny Summers Anderson, recebe esta aliança como prova do meu amor e fidelidade. Eu prometo amar-te e respeitar-te na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, e prometo ser-te fiel todos os dias da nossa vida. – disse-lhe fazendo também escorrer o anel sobre o seu dedo anelar esquerdo.
Sorrimos imensamente um para o outro.
- Há alguém nesta sala que se opõe a este casamento? – inquiriu o padre. Ninguém se opôs. – Sendo assim declaro-vos marido e mulher. – sorriu e virou-se para Chris – Pode beijar a noiva.
Chris olhou para mim e sorriu-me imensamente, enquanto aproximava os seus doces lábios dos meus. Senti o seu suave hálito a mel sobre os meus lábios, e congelei de desejo. Ele notou e enlaçou a minha cintura com as suas suaves mãos, e por fim os seus lábios tocaram os meus, fazendo-me sentir completamente no paraíso. Embrenhei os meus dedos no seu cabelo de seda e puxei-o ainda mais para mim.
Este era o melhor beijo de toda a nossa vida, era o nosso primeiro beijo unidos.
Andreia Filipa Pereira
3 de Abril de 2011
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