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" Sorrir é viver, parar é morrer "
Capítulo 3 - Confissões
Ele estava a ser tão querido, tão fofo! Afinal ele merecia o meu amor, pois só uma pessoa assim podia merecer um amor tão intenso e sincero.
- O que foi isto?! – inquiriu Cameron curiosa, assim que ele virou costas.
- Não foi nada de mais. – sorri tentando afastar a pequena esperança que presidiaem mim. Sim, tudo começava a fazer sentido agora, tudo apontava para que ele gostasse de mim, mas eu não me queria iludir, pois tudo não podia passar de uma simples e mera ilusão.
- Pois sim, engana-me que eu gosto. – retorquiu Cameron fitando-me tentando perceber através dos meus olhos o que se passava. – Anda aí coisa entre vocês, e se muito me engano não irá faltar muito para vocês ficarem juntos. – concluiu sorrindo. Ela torcia tanto para que a nossa história resultasse.
- Oh, não digas parvoíces Cameron. – baixei o olhar. Ficar com ele era o que mais queria neste mundo, mas o pensamento de ele não querer o mesmo matava-me completamente. – Nós nunca iremos ser mais do que simples amigos.
- Logo falamos querida. – sorriu-me – Hum, e que tal bebermos um shot? – inquiriu-me tentando animar-me.
- Uhuh, sim! – respondi sorrindo. Eu não estava triste, até estava bastante feliz, mas a incerteza de não saber o que ele sentia deixava-me completamente em baixo.
- Vocês são umas viciadas! – disse Sophie entre risos.
- Sim, sim Sophie! – deitei-lhe a língua de fora – Tu vais beber connosco.
- Ok, mas eu só bebo um daqueles bem fortes. – riu-se.
- Está bem. O Patrick é perito em fazer shot’s fortes. – ri-me e depois olhei para ele. Ele olhou para mim e sorriu-me esplendorosamente, sorri-lhe também. – Gosto muito de ti. – murmurei-lhe mexendo apenas os lábios. O sorriso dele tornou-se maior.
- Eu também gosto muito de ti. – retorquiu também mexendo os lábios. Senti-me a corar, e baixei o olhar envergonhada. A esperança que residia em mim tornava-se cada vez maior, e os meus sentimentos por ele estavam a soltar-se de mim como por magia.
- Bem, vamos beber os shot’s ao balcão ou alguém vai lá pedi-los? – perguntou Cameron interrompendo os meus pensamentos.
- Hum, podemos ir beber ao balcão. – respondi sorrindo. Tudo o que eu mais queria era estar ao lado dele e senti-lo bem perto de mim.
- Então embora lá! – retorquiu Cameron levantando-se. Ri-me e levantei-me, seguida de Sophie. Fomos as três em direcção ao balcão, e assim que lá chegamos o seu olhar fitou o meu bastante intensamente, fazendo-me cair uma vez mais nesta doce loucura. – Puto, são três shot’s fortes! – pediu Cameron a Patrick. Desmanchei-me a rir por causa da maneira como ela falou com ele. Ele não pareceu ouvir pois estava a fitar-me intensamente, o que a irritou e a fez berrar. – Oh Patrick! – guinchou.
- Ah?! – desviou o olhar do meu e olhou para ela. Ri-me mais, e ele deitou-me a língua de fora.
- Andas no mundo da lua puto? – perguntou amuada. Tentei controlar o riso.
- Não, estava só distraído, desculpa. – pediu baixando o olhar envergonhado. Não percebi aquela sua atitude, mas pronto deixei passar, uma vez mais.
- Na paz. – sorriu-lhe – São três shot’s fortes!
- Ok, eles estão já a sair! – retorquiu e depois olhou para mim sorrindo esplendorosamente. Retribui o sorriso e embalei-me na música que estava a tocar: “One” dos Swedish House Mafia. – Aqui estão os shot’s, espero que estejam bons! – disse assim que acabou de os fazer.
- De certeza que estão! – retorqui sorrindo e pegando no meu shot.
- Veremos. – teimou Sophie enquanto pegava no seu shot.
- É, concordo. – disse Cameron pegando no seu shot. Eu e Patrick rimo-nos da atitude delas. Era incrível como nós estávamos em sintonia.
Olhei para Cameron de forma a desafia-la a fazermos o nosso famoso brinde. Ela respondeu-me sorrindo, e deduzi que isso fosse um sim. Fiz o nosso brinde, e assim bebemos aquele maravilhoso e único shot. Nunca tinha bebido shot’s tão bons como aqueles.
- Uhuh, estava forte, mas amei! – disse entre risos.
- Ainda bem que gostas-te! – retorquiu Patrick entre risos e piscando-me o olho. Senti-me a corar e baixei o olhar envergonhada.
- Vou dar uma volta pela praia, estou a ficar com calor. – disse, inventando uma desculpa para sair dali. Precisava de pensar sobre tudo aquilo que se estava a passar com Patrick. Precisava de fugir um pouco aos meus sentimentos.
- Ok, se precisares de algo manda mensagem. – retorquiu Cameron sorrindo. Sorri-lhe de volta, como forma de agradecimento.
- Ok, mas estás bem? – indignou-me Sophie preocupada.
- Sim estou, não te preocupes. – respondi-lhe sorrindo e dando-lhe um suave beijo na bochecha.
- Está bem, então! – beijou-me a bochecha e depois sorriu-me, e virou costas indo se sentar na mesa onde estávamos. Cameron acompanhou-a.
Olhei para Patrick e vi que ele me estava a fitar atentamente. O seu olhar parecia preocupado.
- Passa-se algo? – fitou-me ainda mais atentamente.
- Não, só preciso de apanhar ar, o shot caiu-me mal. – retorqui sorrindo-lhe.
- Está bem, vai lá que eu já lá vou ter contigo. – sorriu-me enquanto me piscava o olho.
Derreti-me com aquele seu gesto e respondi-lhe apenas com um sorriso. Virei costas e rumei até a praia.
Na suave e doce areia estavam pequenas espreguiçadeiras laranjas. Deitei-me sobre uma delas, e fitei o céu estrelado e brilhante.
Senti o cansaço a invadir a minha mente, e os meus olhos começaram a fechar-se aos poucos. Quando dei por mim, já estava a dormir.
Acordei ao sentir a água sobre os meus pés. Abri os olhos lentamente e reparei que estava a flutuar no grande oceano, mas conseguia avistar a pequena praia.
- Annabelle! – gritou uma doce voz da praia. Olhei para lá e vi que era Patrick. Tentei responder-lhe, mas a voz falhava-me. Estava a começar a entrar em desespero.
Ele despiu a sua camisa e as suas calças e começou a nadar até mim. Assim que me alcançou envolveu o meu corpo com os seus braços, e remou até a margem.
Poisou o meu corpo sobre a suave areia, e as suas mãos deslizaram sobre o meu rosto. O seu rosto estava demasiado perto do meu. Conseguia sentir o seu doce hálito a mel sobre os meus lábios, e isso fez-me ansiar por si. Aproximei o meu rosto do seu, e ele afastou-se.
- Porque te afastaste? – indignei-lhe confusa com a sua atitude.
- Porque quero fugir ao que sinto! – retorquiu-me baixando o olhar.
- E porque queres fugir ao que sentes?! – perguntei-lhe cada vez mais confusa. Não conseguia entender o porque daquilo tudo.
- Porque sei que me vais magoar. – respondeu fitando-me atentamente.
Petrifiquei com as palavras, e não consegui responder a tal coisa. Como é que era possível ele pensar aquilo acerca de mim?! Eu amava-o demais, era incapaz de o magoar!
Senti as lágrimas a formarem-se nos meus olhos, e tentei limpa-las de modo a que ele não as visse. Tremia de frio, visto que estava toda molhada. Ele atento, aconchegou-me no seu colo tentando aquecer-me com o seu calor. E essa atitude fez-me saltar as tampas.
- Porque estás a fazer isso?! Não me aproximes de ti, se não queres nada comigo! Pensas que te vou magoar, mas quem me está a magoar és tu! – explodi, e as lágrimas que teimava em esconder começaram a escorrer pelo meu rosto.
- Porque estás a falar assim comigo?! – indignou-me confuso.
- Porque me estás a magoar com as tuas atitudes! – retorqui-lhe friamente enquanto me levantava, mas porém ele puxou-me, fazendo-me cair sobre o seu corpo.
Os nossos rostos estavam a pequenos milímetros de distância. A sua respiração tornou-se irregular, assim como a minha. O seu hálito tocava nos meus lábios fazendo ansiar por um beijo seu. E sem estar a espera, os seus lábios uniram-se aos meus.
A sua língua intercalou-se com a minha, envolvendo-se a mim num misto de emoções e sentimentos. Os seus lábios moviam-se em conformidade com os meus, mostrando a todos o sentimento que nos unia.
Separamo-nos apenas para recuperar o fôlego, e assim que o recuperamos voltamos ao beijo que era cada vez mais intenso.
- Amo-te Annabelle! – retorquiu entre beijos.
Afastei-me dele e sorri-lhe imensamente. Tinha a certeza que os meus olhos cintilavam bastante.
- Também te amo, e jamais te irei magoar, meu Patrick! – ele sorriu-me com um brilhantismo tal em seus olhos, e de seguida beijou-me ainda mais apaixonadamente.
Naquele momento só existíamos nós e nada mais. Não importava o sítio onde estávamos, apenas importava os nossos sentimentos e desejos.
FIM
E aqui fica o último capítulo de "Dream Summer" (:
Espero que tenham gostado e comentem, quero saber as vossas opiniões ^^
Kiss (K)
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