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" Sorrir é viver, parar é morrer "
Aos olhos do mundo ela era um exemplo de rapariga. Vestia-se com roupas de menina de colégio, e as suas atitudes eram de jovem respeitadora. Palavrões não existiam no seu dicionário, e atitudes de menina mal criada, ela simplesmente não sabia o que eram. A inocência reinava o seu corpo e a sua mente. Isto, aos olhos do mundo.
Quando virava costas ao universo que a rodeava, as roupas de menina de colégio iam para dentro do caixote, e as roupas de sedução ocupavam o seu corpo. As camisolas com grandes decotes emolduravam o seu peito na perfeição, e as mini saias por cima do joelho ficavam-lhe lindamente.
Durante o dia ela era a jovem inocente que todos conheciam, que todos adoravam e idolatravam. Mas durante a noite, essa doce rapariga era sugada pelas forças maliciosas e tornava-se em algo completamente oposto aquilo que ela era realmente.
Todas as noites ela se vestia com roupas sensuais e saia para a rua, indo para a esquina mais próxima. Vendia o seu corpo aqueles que lhe davam dinheiro e poder.
Foi numa dessas noites que conheceu Martim Salvatorre, um dos jovens mais cobiçados e mais ricos da região. Assim que os seus olhos castanhos esverdeados tocaram os de Martim de cor esverdeada, ela rendeu-se aos seus encantos.
Nessa noite eles envolveram-se fisicamente, mas trocaram números de telemóvel para que um dia mais tarde, ou digamos, brevemente, pudessem voltar a estar juntos. Porém, como ambos são teimosos e digamos que pouco corajosos, nenhum deles ligou ou mandou mensagem a marcar um encontro.
Quis o destino que estes dois jovens se encontrassem à entrada da escola de Filipa Menezes, a doce menina que era idolatrada por todo mundo mas que não passava de uma mera personagem criada por si para fugir a sua verdadeira identidade.
Os olhos de Martim começaram a correr o corpo das esbeltas raparigas que ali se encontravam, até que parou num corpo seu conhecido. Ele ergueu o olhar e deparou-se com os olhos chorosos de Filipa.
Filipa estava chorosa, pois agora o seu segredo podia ser descoberto, e assim ela iria deixar de ser livre. O seu corpo tremia, e o seu cérebro não conseguia pensar. Ela queria sair dali, porém a sua mente dizia-lhe para ficar ali.
Martim caminhou firmemente até ela e alcançou a sua cintura com as mãos delicadas. Os seus lábios foram contra os de Filipa de uma forma urgente, e a sua língua ligou-se a dela de maneira grandiosa. Os braços dela rodearam o seu pescoço, e assim ela prolongou ainda mais aquele beijo.
Andreia Filipa Pereira
15 de Junho de 2011
Gostaram?! Queria vos pedir opinião: acham que deva continuar? Querem lêr o resto da história?
É que eu acho que isto está meio "podre" :x
Kiss e desculpem se vos desiludi :\
Foste muito mais que uma paixão de verão. Foste muito mais que uma paixão de uma noite. Foste muito mais que um amor de um ano. Tu foste a vida, a mudança, a felicidade, o sorriso, o choro, o riso, a tristeza, a alegria, a mágoa, a preocupação, resumindo, foste tudo!
Foste muito mais que uma história inacabada. Foste muito mais que o meu sol e a minha vida. Foste muito mais que o sangue que corre nas minhas veias. Foste muito mais que o ar que respiro. Foste muito mais que a força que faz bombardear o meu coração. Tu foste, muito mais do que tudo aquilo que está ao nosso alcance. Tu foste a minha conquista mais inalcançável! Sim, confesso que te conquistei, pois só quem conquista é capaz de receber todos aqueles olhares, e todos aqueles sorrisos.
Hoje, passado um ano e quase um mês, ainda continuas a ser muito mais que o inalcançável! É por seres assim, confuso, inalcançável, impossível, que eu te amo tanto!
É por me deixares confusa que eu perco as forças e me deixo levar por este sentimento. É por me perder nos teus olhos que caiu na tua tentação. É por me perder no teu sorriso que me deixo levar por toda esta felicidade. É por te amar demasiado que teimo em não esquecer-te!
Amar-te nunca foi um erro, e nunca o será, porque foi ao amar-te que cresci. Foi ao amar-te que aprendi o verdadeiro significado de felicidade. Foi ao amar-te que mudei, mudei para melhor. Foi ao amar-te que me apercebi dos meus piores erros. Foi ao amar-te que descobri a força que existe dentro de mim. Foi ao amar-te que aprendi a ter orgulho em mim. Foi ao amar-te que aprendi a pintar o mundo a minha maneira. Por isso digo, uma vez mais, que amar-te será sempre uma lição de vida!
Sei que entre nós ficou muita coisa por dizer, muita coisa por fazer, mas a nossa história é um capítulo fechado da minha vida. Um capítulo do qual tenho o maior orgulho! E não, a nossa história não ficou inacabada, simplesmente ficou parada por tempo indeterminado, até que algum de nós tome a coragem de mostrar aquilo que sente. Mas até lá, temos que seguir em frente!
Amo-te, e essa será a verdade para o resto das nossas vidas! Tu marcaste-me, e bastante, e é por isso que irás permanecer em mim para sempre.
Por mais que o tempo passe, jamais me irei esquecer de ti, e de tudo aquilo que passamos. Por mais que o tempo passe, o meu sorriso irá ser feito por ti! Por mais que o tempo passe, eu irei pertencer-te. Por mais que o tempo passe, eu irei amar-te!
Para sempre a tua miúda, e essa é a dura e a cruel verdade!
Andreia Filipa Pereira
14 de Junho de 2011
Capítulo 3 - Confissões
Ele estava a ser tão querido, tão fofo! Afinal ele merecia o meu amor, pois só uma pessoa assim podia merecer um amor tão intenso e sincero.
- O que foi isto?! – inquiriu Cameron curiosa, assim que ele virou costas.
- Não foi nada de mais. – sorri tentando afastar a pequena esperança que presidiaem mim. Sim, tudo começava a fazer sentido agora, tudo apontava para que ele gostasse de mim, mas eu não me queria iludir, pois tudo não podia passar de uma simples e mera ilusão.
- Pois sim, engana-me que eu gosto. – retorquiu Cameron fitando-me tentando perceber através dos meus olhos o que se passava. – Anda aí coisa entre vocês, e se muito me engano não irá faltar muito para vocês ficarem juntos. – concluiu sorrindo. Ela torcia tanto para que a nossa história resultasse.
- Oh, não digas parvoíces Cameron. – baixei o olhar. Ficar com ele era o que mais queria neste mundo, mas o pensamento de ele não querer o mesmo matava-me completamente. – Nós nunca iremos ser mais do que simples amigos.
- Logo falamos querida. – sorriu-me – Hum, e que tal bebermos um shot? – inquiriu-me tentando animar-me.
- Uhuh, sim! – respondi sorrindo. Eu não estava triste, até estava bastante feliz, mas a incerteza de não saber o que ele sentia deixava-me completamente em baixo.
- Vocês são umas viciadas! – disse Sophie entre risos.
- Sim, sim Sophie! – deitei-lhe a língua de fora – Tu vais beber connosco.
- Ok, mas eu só bebo um daqueles bem fortes. – riu-se.
- Está bem. O Patrick é perito em fazer shot’s fortes. – ri-me e depois olhei para ele. Ele olhou para mim e sorriu-me esplendorosamente, sorri-lhe também. – Gosto muito de ti. – murmurei-lhe mexendo apenas os lábios. O sorriso dele tornou-se maior.
- Eu também gosto muito de ti. – retorquiu também mexendo os lábios. Senti-me a corar, e baixei o olhar envergonhada. A esperança que residia em mim tornava-se cada vez maior, e os meus sentimentos por ele estavam a soltar-se de mim como por magia.
- Bem, vamos beber os shot’s ao balcão ou alguém vai lá pedi-los? – perguntou Cameron interrompendo os meus pensamentos.
- Hum, podemos ir beber ao balcão. – respondi sorrindo. Tudo o que eu mais queria era estar ao lado dele e senti-lo bem perto de mim.
- Então embora lá! – retorquiu Cameron levantando-se. Ri-me e levantei-me, seguida de Sophie. Fomos as três em direcção ao balcão, e assim que lá chegamos o seu olhar fitou o meu bastante intensamente, fazendo-me cair uma vez mais nesta doce loucura. – Puto, são três shot’s fortes! – pediu Cameron a Patrick. Desmanchei-me a rir por causa da maneira como ela falou com ele. Ele não pareceu ouvir pois estava a fitar-me intensamente, o que a irritou e a fez berrar. – Oh Patrick! – guinchou.
- Ah?! – desviou o olhar do meu e olhou para ela. Ri-me mais, e ele deitou-me a língua de fora.
- Andas no mundo da lua puto? – perguntou amuada. Tentei controlar o riso.
- Não, estava só distraído, desculpa. – pediu baixando o olhar envergonhado. Não percebi aquela sua atitude, mas pronto deixei passar, uma vez mais.
- Na paz. – sorriu-lhe – São três shot’s fortes!
- Ok, eles estão já a sair! – retorquiu e depois olhou para mim sorrindo esplendorosamente. Retribui o sorriso e embalei-me na música que estava a tocar: “One” dos Swedish House Mafia. – Aqui estão os shot’s, espero que estejam bons! – disse assim que acabou de os fazer.
- De certeza que estão! – retorqui sorrindo e pegando no meu shot.
- Veremos. – teimou Sophie enquanto pegava no seu shot.
- É, concordo. – disse Cameron pegando no seu shot. Eu e Patrick rimo-nos da atitude delas. Era incrível como nós estávamos em sintonia.
Olhei para Cameron de forma a desafia-la a fazermos o nosso famoso brinde. Ela respondeu-me sorrindo, e deduzi que isso fosse um sim. Fiz o nosso brinde, e assim bebemos aquele maravilhoso e único shot. Nunca tinha bebido shot’s tão bons como aqueles.
- Uhuh, estava forte, mas amei! – disse entre risos.
- Ainda bem que gostas-te! – retorquiu Patrick entre risos e piscando-me o olho. Senti-me a corar e baixei o olhar envergonhada.
- Vou dar uma volta pela praia, estou a ficar com calor. – disse, inventando uma desculpa para sair dali. Precisava de pensar sobre tudo aquilo que se estava a passar com Patrick. Precisava de fugir um pouco aos meus sentimentos.
- Ok, se precisares de algo manda mensagem. – retorquiu Cameron sorrindo. Sorri-lhe de volta, como forma de agradecimento.
- Ok, mas estás bem? – indignou-me Sophie preocupada.
- Sim estou, não te preocupes. – respondi-lhe sorrindo e dando-lhe um suave beijo na bochecha.
- Está bem, então! – beijou-me a bochecha e depois sorriu-me, e virou costas indo se sentar na mesa onde estávamos. Cameron acompanhou-a.
Olhei para Patrick e vi que ele me estava a fitar atentamente. O seu olhar parecia preocupado.
- Passa-se algo? – fitou-me ainda mais atentamente.
- Não, só preciso de apanhar ar, o shot caiu-me mal. – retorqui sorrindo-lhe.
- Está bem, vai lá que eu já lá vou ter contigo. – sorriu-me enquanto me piscava o olho.
Derreti-me com aquele seu gesto e respondi-lhe apenas com um sorriso. Virei costas e rumei até a praia.
Na suave e doce areia estavam pequenas espreguiçadeiras laranjas. Deitei-me sobre uma delas, e fitei o céu estrelado e brilhante.
Senti o cansaço a invadir a minha mente, e os meus olhos começaram a fechar-se aos poucos. Quando dei por mim, já estava a dormir.
Acordei ao sentir a água sobre os meus pés. Abri os olhos lentamente e reparei que estava a flutuar no grande oceano, mas conseguia avistar a pequena praia.
- Annabelle! – gritou uma doce voz da praia. Olhei para lá e vi que era Patrick. Tentei responder-lhe, mas a voz falhava-me. Estava a começar a entrar em desespero.
Ele despiu a sua camisa e as suas calças e começou a nadar até mim. Assim que me alcançou envolveu o meu corpo com os seus braços, e remou até a margem.
Poisou o meu corpo sobre a suave areia, e as suas mãos deslizaram sobre o meu rosto. O seu rosto estava demasiado perto do meu. Conseguia sentir o seu doce hálito a mel sobre os meus lábios, e isso fez-me ansiar por si. Aproximei o meu rosto do seu, e ele afastou-se.
- Porque te afastaste? – indignei-lhe confusa com a sua atitude.
- Porque quero fugir ao que sinto! – retorquiu-me baixando o olhar.
- E porque queres fugir ao que sentes?! – perguntei-lhe cada vez mais confusa. Não conseguia entender o porque daquilo tudo.
- Porque sei que me vais magoar. – respondeu fitando-me atentamente.
Petrifiquei com as palavras, e não consegui responder a tal coisa. Como é que era possível ele pensar aquilo acerca de mim?! Eu amava-o demais, era incapaz de o magoar!
Senti as lágrimas a formarem-se nos meus olhos, e tentei limpa-las de modo a que ele não as visse. Tremia de frio, visto que estava toda molhada. Ele atento, aconchegou-me no seu colo tentando aquecer-me com o seu calor. E essa atitude fez-me saltar as tampas.
- Porque estás a fazer isso?! Não me aproximes de ti, se não queres nada comigo! Pensas que te vou magoar, mas quem me está a magoar és tu! – explodi, e as lágrimas que teimava em esconder começaram a escorrer pelo meu rosto.
- Porque estás a falar assim comigo?! – indignou-me confuso.
- Porque me estás a magoar com as tuas atitudes! – retorqui-lhe friamente enquanto me levantava, mas porém ele puxou-me, fazendo-me cair sobre o seu corpo.
Os nossos rostos estavam a pequenos milímetros de distância. A sua respiração tornou-se irregular, assim como a minha. O seu hálito tocava nos meus lábios fazendo ansiar por um beijo seu. E sem estar a espera, os seus lábios uniram-se aos meus.
A sua língua intercalou-se com a minha, envolvendo-se a mim num misto de emoções e sentimentos. Os seus lábios moviam-se em conformidade com os meus, mostrando a todos o sentimento que nos unia.
Separamo-nos apenas para recuperar o fôlego, e assim que o recuperamos voltamos ao beijo que era cada vez mais intenso.
- Amo-te Annabelle! – retorquiu entre beijos.
Afastei-me dele e sorri-lhe imensamente. Tinha a certeza que os meus olhos cintilavam bastante.
- Também te amo, e jamais te irei magoar, meu Patrick! – ele sorriu-me com um brilhantismo tal em seus olhos, e de seguida beijou-me ainda mais apaixonadamente.
Naquele momento só existíamos nós e nada mais. Não importava o sítio onde estávamos, apenas importava os nossos sentimentos e desejos.
FIM
E aqui fica o último capítulo de "Dream Summer" (:
Espero que tenham gostado e comentem, quero saber as vossas opiniões ^^
Kiss (K)
Capítulo 2 – Reacendimento
Estava cada vez mais nervosa, os segundos passavam parecendo horas. E toda a paixão que sentia por ele reacendeu-se como por magia. Os seus olhos pareciam fogo incandescente ao fitarem os meus, e faziam-me sentir cada vez mais apaixonada por ele. O seu sorriso era tão único que me fazia deseja-lo como no primeiro dia de toda a nossa história.
- Não me lembro. – respondeu deitando-me a língua de fora e sorrindo muito amavelmente.
Será que ele estaria a brincar ou estava a falar a sério?!
- Não te lembras mesmo? – indignei confusa. Senti as minhas bochechas a arder, aliás toda eu ardia. Ardia de desejo por ele.
- Não. – retorquiu e depois riu-se. Como eu tinha saudades da sua gargalhada! Era tão única e perfeita.
- Ok, desculpa então. – pedi e senti pequenas gotas de lágrimas a formarem-se nos olhos. Limpei-as com a minha mão e depois sorri-lhe. – Podes levar três martinis cola aquela mesa? – apontei para a mesa onde estava Cameron e Sophie.
- Na paz. – disse fitando-me intensamente – Porque estás a chorar Annabelle?
O quê?! Ele lembrava-se de mim?! Aii…ele amava mesmo picar-me!
- Por nada. – respondi-lhe e sorri – Tu és mesmo parvo, dizes que não te lembras de mim só para me picares! Grr, odeio-te! – deitei-lhe a língua de fora e depois ri-me.
- Sempre amei picar-te. – riu-se também, e depois aproximou o seu rosto do meu. – Posso te cumprimentar com dois beijinhos? – inquiriu-me enquanto me fitava com aqueles seus olhos perfeitos.
Lembrei-me de quando lhe pedia para me dar beijos de despedida ou de cumprimento. Era bom voltar a sentir tudo aquilo outra vez, era bom voltar a sentir toda aquela felicidade.
- Claro que podes. – ri-me e aproximei os meus lábios da sua bochecha. Dei-lhe um suave beijo e depois afastei-me sorrindo.
- Afinal sabes ser querida! – sorriu-me e depois também me deu um beijo bastante doce na bochecha.
- Pois sei, aliás eu sou querida. – deitei-lhe a língua de fora e depois sorri imensamente.
- Quando queres. – riu-se e depois acariciou-me a bochecha. – Sabes, já tinha saudades tuas. Fizeste falta naquelas noites, aquilo sem ti não era a mesma coisa.
O quê?! Ele estava a dizer que tinha saudades minhas e que eu fazia falta?! Aquilo só podia ser um sonho, um sonho que quando eu acordasse me iria matar de loucura!
- A sério?! – indignei-lhe cada vez mais rendida aos seus encantos. Os meus olhos deviam de brilhar imensamente, tornando-se em dois plenos espelhos na perfeição. As minhas bochechas deviam estar coradas, pois senti-as a arder completamente.
- Sim, a sério. – sorriu-me amavelmente. – Tu és uma das miúdas do Templo.
Relembrei a noite em que tínhamos estado próximos. Relembrei de quando a Melody tinha dito que eu era a miúda dele. Relembrei todos os olhares e todos os sorrisos trocados naquela altura. E tudo começou a fazer um pouco de sentido. A esperança de ele gostar de mim voltou ao meu coração e a minha mente, e a felicidade tomou conta de mim, e apoderou-se de todo o meu corpo.
- Oh, obrigada. – agradeci timidamente e sorri – Vocês também me fizeram muita falta. – confessei perdendo-me cada vez mais no seu doce e intenso olhar.
- Não tens nada que agradecer, simplesmente digo a verdade. – sorriu-me e vi um certo brilho a apoderar-se dos seus olhos. – Fizemos?
- Claro que fizeram. – sorri imensamente. – Olha vou ter que ir para a mesa, depois levas lá os martinis? E depois quando saíres podemos falar mais um bocado, se quiseres. – baixei o olhar sentindo cada vez mais o poder do seu olhar em mim.
- Claro que levo. – retorquiu-me e puxou-me o queixo para cima com a sua mão suave – Assim que sair vou ter contigo, espera por mim na praia. – sorriu-me fazendo-me uma suave festa na bochecha.
- Está bem. – retribui-lhe o sorriso e fui até a mesa onde estava Sophie e Cameron. Sentei-me e olhei para ele, não conseguindo tirar os olhos dele.
O reencontro com ele trouxe-me de volta toda a felicidade que se tinha fechado quando nos separamos. O seu olhar e o seu sorriso reacenderam a chama do meu amor por si, e tornou-o ainda mais forte do que ao que era no passado. E as suas doces palavras tornaram a reacender a esperança que havia em mim.
Neste momento eu sentia que a nossa história poderia ter um final feliz, um final que iria durar eternamente.
- Então como correu?! – perguntou Sophie impaciente, fitando-me com os seus belos e doces olhos verdes.
- Correu bem. – retorqui-lhe sorrindo imensamente. Estava tão feliz.
- Hum, pelo brilho dos teus olhos vejo que ele se lembra de ti. – disse Cameron sorrindo – E bem, eu vi ali um beijo, ou foi impressão minha?! – inquiriu-me enquanto me olhava com os seus olhos pretos que pareciam duas suaves pérolas negras.
- Foi apenas um beijo na bochecha de dois amigos que já não se viam há muito. – respondi lembrando o seu doce toque na minha bochecha.
- Uhuh, isso já é alguma coisa! – retorquiu Cameron sorrindo mais – Eu sempre disse que vocês iam dar coisa. – riu-se.
- Sim, sim Cameron. – ri-me também, e depois olhei para ele. Ele estava a fitar-me com os seus doces olhos. Todo o fogo desta paixão ardia nas minhas veias fazendo-me deseja-lo cada vez mais.
- Ao menos lembra-se de ti. – conclui Sophie sorrindo e depois olhou para ele – Ele parece-me feliz por te ver! – sorriu-me mais.
Olhei para ela confusa com tal informação, mas ao mesmo tempo a esperança que presidia em mim afirmava que aquilo era verdade.
- Achas?! – indignei-lhe cada vez mais rendida aquele sentimento inexplicável que sentia por ele.
- Não acho, tenho a certeza. – confirmou-me enquanto me piscava o olho.
Sorri-lhe apenas, e depois olhei uma vez mais para ele. Vi-o a terminar os martinis e a pegar neles para ir leva-los a mesa. Desviei o meu olhar, e olhei para Sophie.
- Coração, sabes quando saem as colocações? – perguntei tentando fazer conversa.
- Não meu bem. – respondeu-me sorrindo – Mas eu sei que vais entrar.
- Espero bem que sim. – conclui retribuindo-lhe o sorriso.
- Aqui estão os martinis. – disse Patrick assim que chegou a mesa. Poisou os copos com bastante cuidado enquanto me fitava. Sorri-lhe instantaneamente e ele retribuiu-me o sorriso, depois olhou para Cameron. – Olá Cameron.
- Olá Patrick. – retorquiu-lhe sorrindo.
Ele sorriu-lhe e depois aproximou-se de mim fazendo-me uma doce festa na bochecha.
- Não te esqueças de esperar por mim como combinamos. – sussurrou-me ao ouvido e depois beijou-me a testa. Sorriu-me e depois foi para o balcão, fitando-me sempre muito intensamente.
Aqui fica a segunda parte, espero que tenham gostado e comentem ^^
Capítulo 1 – Reencontro inesperado
Estávamos no Verão. Era de noite e estava um calor abrasador. A lua e as estrelas cintilavam de tal maneira que iluminavam na perfeição a noite escura.
A casa escolhida para a nossa pequena aventura de Verão era um perfeito sonho. Situava-se numa das pequenas praias paradisíacas de S. Martinho do Porto. Algumas paredes do seu exterior eram de vidro, e outras de pedra, o que a tornavam única. O interior era totalmente moderno, e o tom das paredes que separavam as divisões era pérola. Todos os quartos tinham uma pequena casa-de-banho privativa, e uma varanda com vista para a praia que era em forma de concha.
O meu quarto era em tons de rosa, e a cama que estava no meio do mesmo era de uma verdadeira princesa. As cortinas e a colcha eram em tons de rosa também, combinando assim com o tom das paredes. O meu portátil rosa estava em cima da secretária de pinho juntamente com a foto dele, e os meus perfumes estavam espalhados pela bonita cómoda que se situava ao lado da cama. Em cima da mesinha de cabeceira tinha a foto da minha melhor amiga e da minha confidente.
Tirei o meu vestido azul preferido do roupeiro gigante e vesti-o. Calcei os meus sapatos também azuis que combinavam perfeitamente com aquele bonito vestido.
Penteei os meus longos cabelos castanhos escuros que mais pareciam ser pretos, e coloquei um pequeno gancho a segurar o mesmo. Coloquei sombra azul nos meus olhos castanhos esverdeados brilhantes, juntamente com lápis e rímel também azuis, fazendo assim com que estes se sobressaíssem mais.
Sorri feliz ao ver que me encontrava meramente bonita. Notei um certo brilho no meu olhar, que só notava quando ele estava ao meu lado. Fiquei ainda mais feliz, pois ele não estava ali e os meus olhos continuavam a brilhar como se ele ali estivesse, e isso podia significar que já o estava a “esquecer”.
- Já estás pronta Annabelle? – inquiriu-me Sophie, ela era a minha melhor amiga desde que me lembro. Olhei para ela e sorri esplendorosamente. Ela envergava um bonito vestido roxo, o que fazia com que ficasse ainda mais bonita.
- Já. – respondi sorrindo e enquanto pegava na minha mala. – A Cameron também já está pronta?
- Já estou pois! – respondeu Cameron entrando no meu quarto. Esta envergava um bonito vestido preto que fazia sobressair ainda mais a sua beleza natural.
- Vamos? – perguntou Sophie enquanto sorria. Eu amava o seu sorriso! Era tão único e tão perfeito!
- Sim! – respondemos eu e Cameron em coro, coisa que nos fez rir as três.
Saímos de nossa casa, e fomos até ao bar da praia que se situava a pequenos metros da mesma.
Comecei a ouvir a música proveniente do bar e lembrei-me das noites que passei ao lado dele. Sorri ao relembrar tudo aquilo que vivi.
- Bem parece que o bar está animado! – comentou Cameron assim que avistamos o bar.
- Pois parece. – retorquiu Sophie sorrindo.
Sorri apenas, pois os meus pensamentos voavam muito longe dali. Continuamos a pequena caminhada até ao bar.
- Ficamos aqui na esplanada ou vamos lá para dentro? – perguntou Sophie assim que chegamos a esplanada do bar. Esta tinha estacas a volta, e algumas tochas.
- Eu prefiro ir lá para dentro. – respondi sorrindo.
- Eu também prefiro ir lá para dentro. – retorquiu Cameron sorrindo também.
- Então vamos lá para dentro! – disse Sophie enquanto sorria, e depois entrou, seguindo-se Cameron. No momento em que eu estava a entrar começou a tocar uma das músicas que mais me faziam lembrar dele: “My First Love”. Olhei para o balcão, sem saber bem o porque, e todo o meu mundo parou.
Tentei desviar o meu olhar mas não consegui, pois os seus olhos fitaram os meus intensamente fazendo-me cair, uma vez mais, na sua doce tentação.
- Já viste quem ali está Annabelle? – sussurrou-me Sophie ao ouvido. Desviei o meu olhar dele e olhei para ela recompondo-me.
- Já. – murmurei surpreendida. Como é que era possível ele estar no mesmo sítio que eu?! Como?! Só podia ser o destino, ainda para mais a nossa música estava a tocar.
- Vamos nos sentar naquela mesa? – perguntou Cameron enquanto apontava para uma pequena mesa junto do balcão.
- Por mim. – respondeu Sophie e depois olhou para mim preocupada – Importas-te de ficar ali?
- Claro que não. – sorri e caminhei decidida até a mesa. Sentei-me de frente para o balcão. Sophie sentou-se a minha frente, e Cameron ao meu lado.
Olhei para ele uma vez mais e vi uma certa felicidade no seu olhar. Notei que envergava a sua camisa preta que realçava a sua beleza, e as suas calças de ganga escuras.
- Uhuh, parece que vamos ter os nossos maravilhosos shot’s Annabelle! – disse Cameron assim que reparou quem estava ao balcão.
- É, parece que sim. – retorqui tentando sorrir. Era estranho agora estar no mesmo sítio que ele, era estranho porque tudo aquilo que passamos ainda continuava muito presente mas ao mesmo tempo tão distante.
- Ainda gostas dele?! – inquiriu-me Cameron percebendo que eu não tirava os olhos dele.
- Mentia-te se dissesse que não. – confessei desviando o olhar dele.
- Porque não vais lá falar com ele? – perguntou Sophie tentando animar-me.
- Oh, ele já nem se deve lembrar de mim. – lamentei-me e encarei o pequeno cinzeiro que estava na mesa.
- Nunca saberás se não tentares. – retorquiu-me sorrindo.
- Lá nisso tens razão! – respondi e levantei-me decidida em ir falar com ele. – Alguém quer vir comigo?
- Não, vai sozinha. E já agora traz-nos dois martinis colas. – respondeu-me Cameron sorrindo.
- Está bem. – sorri e fui até ao balcão. Enquanto caminhava até lá os seus doces olhos esverdeados não deixaram de me fitar, o que me estava a por ainda mais nervosa. Suspirei fundo e dei o último passo. – Olá Patrick, ainda te lembras de mim? – disse-lhe um pouco a medo, mas sorri disfarçando.
Espero que tenham gostado, e comentem :D
Estava sentada sobre a relva quente daquele maravilhoso jardim. Nele podia observar todos os sítios, ou quase todos, onde vivemos a nossa história. Um sorriso começou-se a esboçar sobre os meus lábios, e o brilho, que em tempos perdi, dos meus olhos era demasiado intenso que ofuscava qualquer olhar que incidia nele.
Olhei em volta, e em cada canto para onde olhava me lembrava de ti e de todos os nossos momentos felizes. A felicidade desse passado voltou ao meu corpo como por magia e eu uma vez mais senti-me bem.
- Olha-o! – sussurrou aquela minha amiga que torcia tanto por nos ver juntos. Olhei para trás e vi-te de cabeça baixa a encarar o chão. Notei que estavas triste, mas como fazia no passado desviei o olhar e fitei a tal amiga. A tua tristeza inquietou-me bastante, porém tentei ignorar esse facto e agi normalmente como se não te tivesse visto.
Tu começas-te a caminhar ao meu lado sem reparares que eu ali estava. Olhas-te para ela e começas-te na brincadeira até que os teus doces olhos da cor da esmeralda entreolharam os meus. Senti uma felicidade enorme a invadir o teu corpo e essa felicidade começou a percorrer o meu corpo e fez-me desejar-te cada vez mais.
Um raio atravessou a barreira que a muito se tinha formado entre nós, e fez com que a magia do nosso amor volta-se aos nossos corpos. Naquele momento apenas nós existíamos. O mundo que nos rodeava começou a parecer névoa. Os teus olhos ganharam um brilhantismo tal que me ofuscou por completo a mente e o coração. E tenho a certeza que o brilho dos meus olhos te despertou um certo interesse e inquietação. Em segundos os teus lábios delinearam um sorriso perfeito, sorriso esse de que eu tinha tantas saudades.
- Olá, então tudo bem? Estás por cá? – inquiriste-me enquanto me piscavas o olho. Esse gesto fez-me derreter mais uma vez.
- Olá, sim está tudo. Estou, mas digamos que estou de passagem. – respondi-te sorrindo imensamente, e tu correspondes-te com a tua bela gargalhada. Ri-me também e vi-te partir enquanto me sorrias.
- Eu bem digo que só tu é que o consegues fazer feliz! – sussurrou a minha amiga interrompendo os meus pensamentos, que agora eram mais uma vez povoados por ti.
Sorri-lhe apenas e deixei que toda aquela felicidade se apoderasse de mim e do meu corpo. Os meus lábios não largaram aquele sorriso que tu criaste, e o meu olhar não deixou de brilhar. Voltaste a fazer-me feliz! E por isso te digo mais uma vez: “Amo-te não só por aquilo que és, mas também por toda a felicidade que me proporcionas”.
Hoje tenho a certeza que a magia que eu sentia quando estávamos juntos era real, e não era apenas eu que a sentia. Tu também a sentias e a prova disso foi o brilho que atravessou o teu olhar assim que me fitaste ao fim de alguns meses de ausência. Irei amar-te para toda a eternidade, e sempre que os meus lábios formarem um sorriso verdadeiro lembra-te que és tu o causador dele. Serás sempre o dono de mim, do meu sorriso e do meu coração!
Andreia Filipa Pereira
6 de Junho de 2011
Ps: a parte do reencontro, desde que os olhos dele fitaram os dela, é verdade :$
Era uma vez uma linda princesa de cabelos aloirados e de olhinhos azuis acinzentados. Ela era a princesa mais bonita de todo o mundo, e os seus olhinhos eram os mais puros que existiam. O seu pequeno sorriso era o mais sincero e o mais grandioso.
Por ser tão bela e tão grandiosa, eram muitas as meninas que tinham inveja de si. Porém, Margaret não se deixava abater por isso, e lutava todos os dias contra os feitiços que essas bruxinhas de pequena idade lhe faziam. Sempre saiu vencedora, e jamais desistiu. Consideram-na bastante lutadora, e ela prova isso a cada dia que passa.
Certo dia, Margaret cruzou-se com Dominic Salvatorre e perdeu-se de amores por ele, porém negava-o. Ele era o príncipe mais cobiçado do mundo. Os seus olhos da cor do caramelo eram únicos no mundo, e o seu sorriso era dos mais maravilhosos que existiam.
Quis o destino, que Dominic se apaixonasse também por Margaret, e assim causar mais inveja no meio de Fairytale. As rapariguinhas desse pequeno reino, onde Margaret era princesa, faziam feitiços e impossibilitavam os encontros entre Margaret e Dominic. Elas eram as grandes bruxinhas daquele reino.
Ao fim de tantos feitiços e tantos desencontros, Margaret lutou com todas as suas forças contra os feitiços dessas malvadas bruxinhas. Assim que Dominic a viu, bonita e esbelta, sorriu imensamente e esticou o seu braço. Ela retribuiu o sorriso e colocou a sua suave em mão por cima da mão dele. Ele segurou-a firmemente e confessou-lhe todo o seu amor. Ela ficou completamente derretida, e também abriu o seu coração.
Ele ajoelhou-se perante si e tirou dos bolsos das suas calças uma pequena caixinha de veludo vermelho. Abriu-a e fitou Margaret intensamente. Os olhos dela cintilavam de uma maneira bastante grandiosa, parecendo duas estrelas brilhantes.
Dominic pegou na mão direita de Margaret e pediu-a em casamento. Lágrimas começaram a escorrer pela face rechonchuda e rosada da bela princesa. O príncipe preocupado perguntou-lhe o que se passava, e ela apenas respondeu que eram lágrimas de felicidade e aceitou o seu pedido de casamento.
O mês antes do casamento foi ocupado pelos preparativos e pelo castigo merecido as bruxinhas que tanto mal fizeram a Margaret.
O vestido da princesa era lindo! Era de um branco puro, com uma cauda bastante comprida. O véu assentava no seu cabelo na perfeição, e a bonita tiara que segurava o véu ao seu cabelo, era única e perfeita! Pode-se dizer que Margaret ia se torna a noiva mais bonita de sempre!
O grande dia chegou, e o nervosismo era patente em ambos os noivos. Com muitos percalços no caminho, Margaret chegou ao palácio e petrificou, uma vez mais, Dominic com a sua beleza natural.
Depois de ambos dizerem sim, e de terem jurado amor eterno, o príncipe beijou apaixonadamente a sua princesa, e assim viveram felizes para sempre.
Andreia Filipa Pereira
1 de Junho de 2011
Ps: Texto totalmente inspirado em M. A.! És a minha vida minha princesinha! Amo-te <3
O seu olhar fitava-me de uma maneira tão única e grandiosa que eu perdia completamente o raciocínio, e esquecia-me do nervosismo que inalava em mim por causa da prova que iria fazer e que iria decidir se o meu sonho iria se tornar realidade. Ele acalmava-me, e isso era um facto.
As palavras que saiam dos seus olhos faziam-me sentir bastante calma, e a felicidade que perdi algures no passado voltou ao meu corpo como por magia. Naquele momento sentia-me bem, e bastante feliz, por isso retribui-lhe o olhar muito amavelmente tentando dizer-lhe um “obrigada” por meras palavras ditas através de um olhar.
- Estás preparada? – indignou-me enquanto nos colocava aos dois em posição.
Os seus braços rodeavam a minha cintura de forma única, e as suas mãos seguravam-me de forma protectora. Os meus braços por si, envolviam o seu pescoço de forma “ciumenta”. Com ele sentia-me protegida do mundo, mas por um lado sentia que o podia perder a qualquer momento, por isso tinha que o agarrar bem firme junto ao meu corpo. Era estranho, eu sabia, mas eu já sentia um carinho bastante especial por aquele belo Deus grego!
- Sim, estou. – respondi sorrindo-lhe imensamente. Ele retribuiu-me o sorriso de forma bastante graciosa, e fez com que eu caísse uma vez mais, na sua doce tentação. Eu já estava completamente rendida aos seus encantos, e não valia a pena negar isso.
A música começou a tocar e as suas delicadas mãos balançavam o meu corpo, muito docemente, de um lado para o outro. O seu corpo emoldurava-se no meu na perfeição, e a melodia que tocava tornava aquele momento único e ainda mais perfeito. Naquele momento, os nossos corpos eram um só e espalhavam no ar uma magia de felicidade e de fantasia.
- Danças lindamente, Nora. – sussurrou-me ao ouvido enquanto rodopiávamos de um lado para o outro. No momento em que a sua respiração tocou a minha pele e a sua voz ecoou no meu ouvido, senti-me a estremecer por completo. Suspirei e prendi o meu olhar ao seu da cor de esmeralda.
- Obrigada, mas tu não me ficas atrás Alexander. – retorqui-lhe assim que encontrei a minha voz. Aquele rapaz fazia-me perder, literalmente, os sentidos.
Os seus lábios apetecíveis arquearam-se num suave e doce sorriso, ao qual eu correspondi completamente rendida. Os seus braços apertavam cada vez mais o meu corpo contra si, o que me fazia desejar pelo seu corpo. Sim, eu sentia uma atracção bastante forte por ele, e não valia a pena negar isso.
As últimas notas daquela melodia ecoaram na sala, e ele rodopiou o meu corpo de tal maneira que os nossos rostos ficaram demasiado próximos um do outro. A sua respiração tocava na minha pele fazendo-me ansiar por si, e o seu hálito entrava na minha boca fazendo-me querer beijar os seus lábios perfeitos. Engoli em seco e baixei o olhar, de forma a afastar todos aqueles desejos impossíveis, impossíveis porque aquele belo rapaz jamais iria ser meu. Ele merecia bem melhor que eu, eu que era simples e ele era um Deus.
Uma das suas mãos largou a minha cintura e tocou o meu queixo, fazendo com que os meus olhos fitassem os seus. Sentia-me a corar, e ele sorriu satisfeito com tal feito.
- Parabéns aos dois, fazem um belíssimo par! – disse a professora Monique Delacroix – Esperem lá fora pelos resultados. – concluiu sorrindo.
- Obrigada. – agradeci sorrindo timidamente e enquanto saia dos braços de Alexander. Ele sorriu e depois fitou a professora Monique.
- Obrigado. – agradeceu-lhe também e depois olhou-me profundamente – Vamos beber qualquer coisa ao bar?
Assim que os seus olhos verdes tocaram os meus senti-me completamente nas nuvens. O meu coração parou, mas no momento seguinte, já batia descontroladamente. A minha respiração estava, digamos, ofegante. E as minhas forças estavam a ir-se como por magia.
- Sim. – acabei por responder, perdendo o controle do meu corpo e da minha mente.
Ele sorriu-me imensamente enquanto a sua mão se juntava a minha, fazendo com que a magia e a felicidade voltassem aquele maravilhoso sítio. Não consegui negar-lhe aquele gesto, e deixei-me levar pela sua magia e pela sua tentação.
Andreia Filipa Pereira
31 de Maio de 2011
Ps: Podes ler o anterior aqui.
E aviso já que terá continuação :D
Sinceramente não te percebo. Num dia és fofo, querido, e falas com toda a tua simpatia, mas no outro dia já és, digamos, seco. Gostava mesmo de perceber-te, nem que fosse por apenas alguns minutos, mas honestamente já estou cansada.
Amo-te, e muito, mas hoje o amor que sinto já não suporta tantas atitudes opostas. Decide-te duma vez, e diz-me a tua decisão para eu poder ser feliz! O cansaço está a apoderar-se de mim, e está a tomar conta do meu amor, e se não tomares uma decisão rapidamente, o meu amor irá se apagar e aí será tarde de mais.
Lembro-me de nos primeiros meses desta história ter dito “quando te perceber realmente, será tarde de mais”, e hoje tenho cada vez mais certezas disso.
Queria poder entender tudo isto para tomar a decisão mais acertada, mas tu teimas em não me deixar perceber nem uma única atitude tua. Quando decido esquecer-te, porque não me ligas nenhuma, passados uns dias decides ser querido comigo e falas-me como se nada fosse, e quando finalmente acredito que tudo irá resultar tu voltas a não me ligar nenhuma ou falas-me friamente sem teres razão para tal. Estou realmente cansada de tudo isto, e esse cansaço está-me a roubar as últimas forças que me restam.
Tenho que ser mais forte que tudo isto, tenho que ser mais forte que este amor, e decidir duma vez por todas esquecer-te! Não vou deixar que me mates por algo sem importância. Não vou deixar que me roubes o meu sorriso. Não vou deixar que acabes com a força que ainda existe em mim!
Sou muito mais forte que aquilo que pensas, e por isso irei enfrentar este amor, e irei virar-lhe as costas e rumar a um novo capítulo.
Se um dia mais tarde decidires o que realmente queres, podes tentar a tua sorte comigo, porém acho que já será tarde de mais.
Apesar de tudo só espero que sejas feliz, pois a felicidade que me proporcionaste no passado é a prova que mereces ser feliz.
Até um futuro incerto…
Andreia Filipa Pereira
24 de Maio de 2010
Lembro-me de na minha infância querer ser bailarina. Sonhava todas as noites com espectáculos perfeitos onde eu era a protagonista. Era um sonho que jurei que iria concretiza-lo com todas as minhas forças.
Os anos foram passando e esse sonho foi-se adiando. Hoje tenho 18 anos e decidi que iria lutar por esse sonho. Talvez fosse um erro, ou talvez não…mas também se não arriscasse não o iria saber, por isso decidi arriscar, e como o velho ditado diz: “Quem não arrisca, não petisca”.
Entrei bastante decidida dentro da grande Academia de Ballet Juliana Omati em Nova Iorque. As suas enormes paredes eram em tons de pérola suave, e a decoração era moderna e combinava perfeitamente com o tom suave das paredes.
Atrapalhada como eu era quando estava nervosa esbarrei contra uma figura bastante esbelta. Ergui o meu doce olhar da cor de um castanho esverdeado e brilhante, e deparei-me com uns bonitos e sedutores olhos verdes a fitarem-me intensamente. As minhas bochechas rechonchudas começaram a ficar quentes, por isso deduzi que estaria corada. Sorri bastante envergonhada e os lábios daquele belo rapaz arquearam-se num sorriso simplesmente único e perfeito.
- Desculpa. – disse com uma suave voz, voz essa que mais parecia saída de um conto de fadas. Enquanto falava a sua mão direita tocou no meu ombro esquerdo, fazendo com que uma faísca enorme atravessa-se o meu corpo todo. Senti-me a arder por completo, e os meus sentidos começaram a ficar alterados.
“Controla-te Nora Clark” pensei várias vezes, e suspirei fundo, afastando assim todos aqueles desejos desconhecidos.
- Não faz mal. – retorqui-lhe formando um amável sorriso nos meus finos lábios. Ele retribuiu-me o sorriso de forma grandiosa, mostrando a verdadeira perfeição do seu sorriso. Nunca tinha visto um sorriso tão perfeito e esplendoroso como o dele. E os seus olhos? Eram simplesmente únicos e incomparáveis.
Antes de ele virar costas e ir-se embora, reparei que envergava uma magnífica camisa preta, que fazia sobressair o seu charme bastante sedutor, juntamente com umas lindas calças de ganga claras, que se emolduravam perfeitamente as suas delicadas pernas. O seu cabelo era num tom claro de castanho, fazendo sobressair por vezes umas mechas de cabelo loiras, e utiliza-o num corte desalinhado mas que lhe dava um certo toque de perfeição.
Aquele rapaz era simplesmente o sonho de qualquer rapariga, mas contudo algo me dizia para não me aproximar demasiado, ou devo dizer antes, envolver-me demasiado?
Os meus olhos ficaram a admirar a sua esculturosa figura de Deus grego a ir-se embora, mas contudo fui interrompida por uma grossa voz a chamar o meu nome.
- Nora Clark! – disse a senhora ruiva que se encontrava na recepção daquela academia famosa. Ao primeiro impasse, a senhora parecia antipática e mal parecida, mas depois de um segundo olhar mais profundo notava-se uma simpatia incrível, e uma beleza natural.
- Eu! – respondi indo até a pequena secretária de pinho, onde ela estava sentada a fazer a chamada dos muitos bailarinos que ali se encontravam.
- É a sua vez, pode entrar. – retorquiu amavelmente dando-me permissão para entrar no estúdio que se encontrava em frente.
Sorri docemente e caminhei firmemente até as grandes portas brancas que se encontravam a cobrir aquele grandioso estúdio. Respirei fundo e empurrei as portas, entrando em seguida e qual não foi o meu espanto quando vejo ali a mais bela figura do mundo. Mal os seus olhos entreolharam os meus, ele sorriu-me imensamente. Baixei o olhar timidamente, e arqueei os meus lábios num sorriso tímido.
- Menina Clark, espero que não se importe de dançar com par. – disse a professora Monique Delacroix. Eu conhecia o trabalho dela, aliás, admirava-o. Era nela que me inspirava para ser uma bailarina.
- Não, eu estou preparada para tudo. – retorqui sorrindo, e olhei de soslaio para o meu Deus grego. Ele estava a fitar-me, o que fez com que as minhas bochechas ardessem de novo.
- Então pode se juntar ao menino O’Conner. – sorriu enquanto apontava para ele. Petrifiquei quando o vi a encaminhar-se a mim, mas disfarcei sorrindo docemente.
Os seus braços rodearam a minha cintura, e puxaram-me para mais junto de si, fazendo-me assim encarar os seus incomparáveis olhos. Baixei o olhar e coloquei-me em posição para a dança.
- Já agora o meu nome é Alexander O’Conner. – sussurrou-me ao ouvido fazendo com que a sua respiração tocasse na minha pele, arrepiando-me por completo.
- Nora Clark. – sussurrei de volta e depois prendi o meu olhar ao seu. Senti que o seu olhar me estava a dizer algo, por isso retribui-lhe o olhar.
Andreia Filipa Pereira
23 de Maio de 2011
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